A ata do Comitê de Política Monetária reforçou a tendência de interrupção no corte na Selic, processo iniciado em outubro de 2016. O documento do Banco Central diz que o Copom considera as pressões da energia elétrica e dos combustíveis sobre a inflação.
A taxa de juro é ferramenta conhecida de controle da inflação. Se os preços subirem, o Banco Central não reduz a Selic.
No entanto, a ata abre a possibilidade para o que chama de "flexibilização adicional". Significa que o Copom até pode cortar o juro novamente na reunião de março, mas fatores da economia teriam que mudar até lá.
"Os membros do Comitê então debateram o próximo passo na condução da política monetária. Focaram em avaliar sob que circunstâncias seria apropriado interromper o processo de flexibilização monetária e em que contexto haveria espaço para uma flexibilização monetária moderada adicional na reunião do Copom em março. De um lado, a continuidade do ambiente com inflação subjacente em níveis confortáveis ou baixos, com intensificação do risco de sua propagação, abriria espaço para essa flexibilização adicional. O mesmo ocorreria no caso de alterações no balanço de riscos que resultem em menor probabilidade de aumento de prêmios de risco e consequente elevação da trajetória prospectiva da inflação. De outro lado, a evolução da conjuntura em linha com o cenário básico do Copom, a recuperação mais consistente da economia e uma piora no cenário internacional favoreceriam a interrupção do processo de flexibilização." - diz o comunicado.
Na reunião da semana passada, o Copom reduziu a Selic em 0,25 ponto percentual. O juro ficou em 6,75% ao ano.