A reclamação está cada vez maior quanto às restrições para financiamento imobiliário pela Caixa Econômica Federal. Há agências que já informam aos tomadores que não tem mais recurso do FGTS, que é o mais barato. A opção seria verba da poupança, que é um crédito com juros mais elevados.
Ainda assim, o prazo para aprovação aumentou. Vice-presidente da Federação Nacional dos Corretores de Imóveis, Sidney Fontoura Gomes conta que o prazo antigamente era de 30 a 60 dias após a entrega da documentação. Atualmente, a Caixa Federal está levando de 90 a 120 dias para dar uma resposta.
— Isso acontece em um momento de recuperação da procura por imóveis. Para ter ideia, nos últimos 45 dias, a procura está bem melhor do que nos 90 dias anteriores — conta Gomes.
Sem confirmar que está mesmo faltando recurso no Rio Grande do Sul, a orientação da Caixa Econômica Federal é procurar a agência no início do mês, antes de acabar o recurso já que a verba é liberada regional e mensalmente. Veja a resposta oficial enviada pelo banco:
"A Caixa Econômica Federal esclarece que a contratação do crédito imobiliário neste ano está cerca de 20% superior em relação ao mesmo período do ano passado. A CAIXA já emprestou mais de R$ 62 bilhões até final de agosto em todas suas modalidades de crédito.
Considerando o ritmo de contratação, o banco adotou a estratégia de execução mensal do orçamento para todas linhas de crédito imobiliário com objetivo de cumprir o orçamento anual disponível até dezembro.
Quanto às modalidades de créditos que possuem orçamento segregado por UF, a CAIXA esclarece que em alguns estados o orçamento esgotou, mas poderá ser retomado no mês de novembro."
Diretor da AMS Imóveis, Altair Machado dos Santos diz que nem tem procurado mais a Caixa Econômica Federal. Para imóveis na faixa de R$ 180 mil, sugere as taxas do Banco do Brasil e do Bradesco. Para crédito acima de R$ 250 mil, diz que os juros do Santander estão competitivos. A comparação entre as instituições, no entanto, é essencial na hora de buscar um empréstimo.
Na semana passada, a Caixa Econômica Federal pediu ao Conselho Curador do FGTS R$ 10 bilhões em empréstimos sem prazo para pagar, segundo o jornal Folha de S.Paulo. A verba é necessária para o banco cumprir exigências regulatórias para empréstimos. Neste ano, houve os saques das contas inativas e também uma alteração no orçamento por parte do Ministério das Cidades, o que afetou a concessão.
No entanto, o ministério remanejou recursos do FGTS entre programas da área de habitação e entre Unidades da Federação para o exercício de 2017. Está publicado no Diário Oficial da União.