Fluminense e Inter fizeram um jogaço resolvido na bola. Essa foi a primeira coisa que pensei quando o argentino Darío Herrera apitou o final da primeira partida da semifinal da Libertadores. Não acreditava que alguém pudesse reclamar de interferências da arbitragem no placar de 2 a 2 no Maracanã.
Fui surpreendido com as coletivas de Fernando Diniz e Alessandro Barcellos. O técnico do time carioca criticou a expulsão de Samuel Xavier. O presidente colorado protestou contra um pênalti não marcado. Considero que a arbitragem tenha tomado decisões corretas nos dois lances.
A primeira decisão precisa ser fragmentada em duas etapas. Falo do cartão vermelho recebido por Samuel Xavier. Isso porque ele decorre de dois amarelos. O primeiro ocorre por conta de uma falta impedindo um ataque promissor. Enner Valência disputa espaço com Nino, ganha a bola e é atropelado pelo adversário.
O único erro na segunda jogada está no fato de que um jogador tenha tido a ingenuidade de dar um carrinho espalhafatoso e estabanado pouco depois de ter recebido um amarelo. Foi o que Samuel Xavier fez em nova disputa com Valência. Ele errou completamente a bola e pegou somente o pé do adversário. Cartão justo e expulsão correta.
Outro acerto do juiz foi na anulação do gol de Gabriel Mercado. O lance foi irregular porque a bola desviou na mão do zagueiro colorado depois do cabeceio. Só que a reclamação do Inter foi que houve um toque de André na origem da jogada. Importante dizer que a imagem frontal apresentada pela transmissão gerada pela Conmebol mostra que a bola não bateu no braço do volante do Fluminense. Por isso, decisão correta do juiz.
Por fim, cabe ressaltar que houve uma interferência do VAR que foi decisiva na partida. O primeiro gol do Inter foi validado corretamente a partir do trabalho feito pelo árbitro de vídeo. O lance foi anulado no campo, mas Mallo estava em condição legal no momento do toque de Renê.