O gol nos acréscimos marcado por Mauricio garantiu a vitória do Inter e gerou reclamação do Flamengo após a partida, válida pela segunda rodada do Brasileirão. O time carioca alega que houve simulação de pênalti de Jean Dias na origem e a jogada deveria deveria ter sido interrompida a partir dali. No entanto, o protesto não se justifica. O lance foi normal e o árbitro Ramon Abatti Abel acertou na decisão final.
Jean Dias tinha a bola dentro da área, trouxe para dentro e caiu no gramado. Ao fazer esse movimento, o atacante do Inter cortou a frente de Everton Cebolinha. O jogador do Flamengo estava fazendo a cobertura da jogada e chegou a travar e segurar o corpo para evitar, justamente, a penalidade. E conseguiu. De fato, não houve nem sombra de pênalti.
Só que também não houve simulação. O que aconteceu foi que Jean Dias perdeu o equilíbrio ao mudar de direção em velocidade. Acredito até que tenha havido um contato sutil entre o atacante do Inter e o adversário. Algo absolutamente normal para a disputa e ocasionado basicamente pela ação de Jean Dias.
Portanto, não houve pênalti e também não ocorreu simulação. A jogada foi normal. Um lance de disputa com o adversário dentro da área, em que o atacante perde o equilíbrio. Não é incomum acontecer isso.
O árbitro só deve interromper o jogo, marcar um tiro livre indireto e mostrar amarelo para o atacante quando detectar que há uma simulação clara com objetivo de enganar a arbitragem. Do contrário, segue o jogo.
Ramon Abatti Abel, que agora é do quadro da Fifa, teve uma atuação segura no Beira-Rio. Não fez a melhor arbitragem da vida, mas fez um bom jogo. Legitimou o resultado com decisões firmes e corretas.