A arbitragem teve atuação polêmica na vitória por 1 a 0 do Inter contra o Brasil de Pelotas pela sétima rodada do Gauchão. Considero que o árbitro Wagner Echevarria cometeu erros técnicos importantes e teve dificuldade no controle disciplinar no segundo tempo da partida. Apesar disso, não vou fazer críticas ao juiz.
O motivo é simples. Wagner Echevarria foi colocado no jogo errado. Esse foi o grande equívoco. A escala de arbitragem pensada para a partida entre Brasil de Pelotas e Inter expôs um árbitro que tem potencial e muito futuro pela frente.
Falei bastante sobre isso ao longo da semana. Não concordo com o critério utilizado pela comissão de arbitragem de deixar o árbitro Anderson Daronco de fora do sorteio. O árbitro Fifa era o nome ideal para postular um jogo tão pesado como esse e estava à disposição para isso. A sequência de problemas nas últimas rodadas pedia um juiz como Daronco para dar tranquilidade para este jogo.
Embora já tenha 36 anos, Echevarria foi promovido ao Gauchão apenas no ano passado. Recebeu uma grande oportunidade no confronto entre Grêmio e Brasil de Pelotas, na segunda rodada. Teve praticamente 100% de acerto nas decisões técnicas, mas enfrentou dificuldades no controle disciplinar. Algo natural para um árbitro que ainda está evoluindo.
Bati muito na tecla de que não era justo cobrar de Echevarria uma capacidade de comando com o padrão apresentado pelos árbitros mais experientes do quadro. Por isso, entendo que ele não era o melhor nome para apitar o jogo do Inter contra o Brasil por conta de tudo o que estava em jogo.
Toda essa pressão foi prejudicial nas tomadas de decisão em campo, seja nos aspecto técnico quanto no disciplinar. O pênalti não marcado para o Brasil, a não expulsão de Luís Gustavo no primeiro tempo e qualquer outro problema ocorrido no jogo está nessa conta.
A arbitragem é como um time de futebol. É melhor fazer as correções ganhando. Ou seja, o cenário de acertos favorece a renovação e as experiências. Do contrário, submeter quem está chegando ao peso de ser solução imediata não me parece o melhor caminho para o atual momento do Gauchão.