Foi um jogo sem polêmicas. O empate em 1 a 1 entre Grêmio e Bahia foi o típico jogo em que não há nada para questionar na atuação da arbitragem ou até mesmo no trabalho do VAR. O paulista Luiz Flávio de Oliveira teve atuação segura, controlou bem o aspecto disciplinar e foi preciso nas decisões técnicas para legitimar o resultado da partida.
Entretanto, há um esclarecimento que se faz necessário sobre o uso das linhas do VAR no gol anulado da equipe do Grêmio, aos 18 minutos do segundo tempo.
Importante descrever o lance para contextualizar a decisão. Biel recebeu passe de Diego Souza e cruzou para Thiago Santos empurrar para dentro. O assistente Miguel Caetano da Costa sinalizou a irregularidade, de maneira acertada, no momento do passe do centroavante.
A confusão que precisa ser evitada é sobre a imagem com as linhas do VAR traçadas para comprovar a infração. Isso porque é preciso levar em conta que as linhas apresentam duas perspectivas. Há duas horizontais que servem para mostrar a distância entre o atacante e o defensor. Só que há outras duas verticais, que sobem do chão para determinar o ponto de referência de cada jogador em disputa.
O problema é que essas linhas traçadas em uma imagem sem profundidade passam a ideia de que estão tortas ou se confundindo. Entretanto, essa percepção está equivocada.
Imagine que o ponto de referência do atacante é o ombro. Haverá duas linhas para indicar a posição dele. Uma delas será vertical descendo do ombro até o solo e a outra será colocada no gramado de uma lateral até a outra.
Não é fácil explicar com palavras algo que é bem mais fácil de entender com a imagem. O mais importante é olhar para o vídeo pensando sempre que há linhas verticais e horizontais colocadas pelo VAR.