A arbitragem comandada pelo argentino Néstor Pitana cometeu um erro grave na derrota por 2 a 1 do Grêmio contra o Independiente del Valle. Houve um gol invalidado por impedimento mal marcado de Ferreira aos 43 minutos do primeiro tempo. O equívoco ocorreu no momento em que o time gaúcho vencia a partida e ampliaria o placar para 2 a 0.
É importante ressaltar que o VAR não é utilizado nesta fase da Libertadores. Mesmo assim, o erro da arbitragem foi inaceitável mesmo para um jogo sem o recurso eletrônico. Isso porque foi um lance muito claro. No momento em que Diego Souza faz o toque de letra, Ferreira tinha mais de um corpo atrás do penúltimo defensor.
Quem cometeu o erro foi a experiente assistente Mariana de Almeida, que esteve no Mundial de Clubes da Fifa no último mês de fevereiro. Ela fez parte do trio feminino que fez história na competição ao lado das brasileiras Edina Alves e Neuza Back.
Esse tipo de erro não é comum para uma assistente de altíssimo nível e que tem no currículo as principais competições do futebol mundial.
Infelizmente a imagem da televisão não mostra a posição de Mariana de Almeida no momento em que sinalizou o impedimento. A suspeita que tenho é que ela estava posicionada à frente do que deveria e cometeu o erro em função disso.
O outro lance capital da partida foi o pênalti marcado para o Independiente del Valle no segundo tempo. Pitana tomou a decisão correta. A penalidade realmente aconteceu.
O lance resultou na expulsão do zagueiro Ruan pelo segundo amarelo. Esse tipo de situação sempre gera muita discussão, pois remete ao debate sobre a tripla punição em situações de pênalti.
Antes de qualquer coisa vale ressaltar que a expulsão não foi de forma direta. E nem poderia ser porque o zagueiro gremista tentou disputar a bola. Neste tipo de infração, a interpretação para a aplicação do amarelo ou não passa necessariamente pela resposta de uma pergunta: a penalidade impediu uma chance clara de gol ou um ataque promissor?
Sempre que o jogador tentar disputar a bola e comer um pênalti impedindo uma chance clara e imediata de gol, o amarelo deve ser mostrado. Se a infração interromper um ataque promissor não há a necessidade de cartão.
Portanto, estamos falando de uma questão absolutamente interpretativa. Por isso, ainda que possa discordar da interpretação do juiz da Fifa, levando em conta a direção ou a posição da jogada, a decisão não pode ser considerada errada.