O tricampeonato do Grêmio na Libertadores ocorreu em uma edição da competição que ficou marcada por um fato histórico. Foi em 2017 que o VAR deu os primeiros passos no futebol sul-americano. A chegada ocorreu com o objetivo de minimizar os erros graves da arbitragem, mas também nos mostrou que o recurso também tinha o poder de potencializar polêmicas. Foi assim no jogo de ida da final entre a equipe gaúcha e Lanús em Porto Alegre.
A vitória do Grêmio por 1 a 0 naquela noite foi sofrida. As duas equipes fizeram um jogo estratégico. Nervoso do começo — e principalmente — ao fim. A confusão ocorreu justamente no último momento possível, quase aos 50 minutos do segundo tempo. O árbitro chileno Julio Bascuñán deixou de marcar um pênalti claro no centroavante Jael.
O juiz estava de frente para a jogada no momento em que o volante Aguirre, sem chances de alcançar a bola, deu tranco nas costas do atacante gremista. Seria um erro importante em circunstância normal, mas acabou se tornando um equívoco grosseiro porque o VAR não foi utilizado para solicitar a revisão.
O curioso foi que Bascuñán chegou a levar o apito à boca e parecia que tomaria a decisão de marcar a penalidade, mas isso não ocorreu. Assim que a bola foi afastada, o árbitro encerrou a partida e o bolo se formou rapidamente com muitos protestos e empurrões.
O erro da arbitragem neste jogo de 2017 acabou caindo no esquecimento porque o Grêmio era muito superior ao adversário e não teve dificuldades no jogo de volta. A maneira como o título foi conquistado deixou todo o resto em segundo plano. Nem mesmo a ausência de Kannemann por suspensão pelo terceiro amarelo e a entrada de Bressan atrapalharam a vida gremista naquela Libertadores.
Nesta quarta-feira (24), a retransmissão de Grêmio x Lanús pela Rádio Gaúcha no projeto Saudade do Esporte nos permitirá relembrar esse confronto. E também nos mostrará o quanto o VAR, que era incipiente em 2017 e ainda é, evoluiu em três anos.