Houve dois erros da arbitragem no empate em 0 a 0 entre Inter e Universidad de Chile, nesta terça-feira (4), no Estádio Nacional de Santiago, na partida de ida da segunda fase da Libertadores. O principal deles foi permitir que o jogo continuasse como se nada estivesse acontecendo quando um incêndio ocorria nas arquibancadas. As chamas foram provocadas por torcedores chilenos, que chegaram a entrar em conflito com a polícia e arremessaram cadeiras na direção do campo enquanto a bola estava rolando.
É lamentável que um episódio como esse seja registrado em um jogo de Libertadores, a principal competição da América do Sul. A minha curiosidade seria poder ver a súmula feita pelo árbitro argentino Facundo Tello para saber qual foi o relato sobre o ocorrido.
O problema é que a Conmebol não adota práticas muito transparentes em relação a isso e não divulga o documento oficial do jogo. O papel fica guardado nos gabinetes da entidade.
O erro com relação ao episódio das arquibancadas não foi o único. Facundo Tello também cometeu um equívoco dentro de campo. O meia Montillo já tinha amarelo e cometeu falta sem bola no lateral Moisés. O juiz mandou o jogo seguir alegando vantagem. No entanto, isso não se caracterizou. Não há benefício quando a consequência da infração é a posse de bola de um volante quase na linha do meio-campo, tendo todo time adversário pela frente.
Não havia vantagem maior do que a marcação da falta e a aplicação do segundo cartão. Como o lateral colorado ficou caído, Tello se obrigou a parar o jogo e aplicou o segundo cartão. Ao menos o erro foi corrigido no final das contas. Apesar do vacilo inicial, a decisão correta foi tomada e Montillo levou vermelho em decorrência da segunda advertência.