O Rio Grande do Sul não tem dois integrantes no quadro da Fifa desde 2016. Foi quando Anderson Daronco passou a ser o único do estado a carregar o escudo perdido naquele momento por Leandro Vuaden. Em 2020, Daronco volta a ter companhia três anos depois. Isso porque o bandeira Rafael da Silva Alves passou a fazer parte do quadro internacional no começo deste ano.
Isso por si só já seria motivo para indicar o melhor começo de ano para a arbitragem do Gauchão. Entretanto, há outro fator que indica uma arrancada de temporada bastante promissora para o apito da competição estadual. Isso porque os árbitros e assistentes do Rio Grande do Sul voltaram a ocupar espaço importante no cenário nacional, o que eleva o padrão dos que estarão atuando aqui a partir do final deste mês.
Entre os árbitros, podemos citar quatro nomes que estão afirmados. Anderson Daronco e Leandro Vuanden, por óbvio, estão entre eles. Jean Pierre Gonçalves Lima também aparece na lista. Confirmou em 2019 o segundo bom ano seguido no quadro nacional. O outro que está cada vez mais acostumado com a Série A é Daniel Bins. Ele atuou em sete partidas como juiz principal, sem falar das 18 em que esteve escalado como árbitro de vídeo na primeira divisão nacional.
As novidades ficam por conta dos quatro nomes promissores do quadro, que já estavam ganhando espaço nas últimas edições do Gauchão e avançaram no Brasileirão no ano passado. Vinicius Amaral, 32 anos, tem a credencial de ter recebido três escalas na Série A em 2019. Douglas Silva, 32, apareceu bem na Série B. Jonathan Pinheiro, 33, ganhou espaço nas funções de árbitro de vídeo e chegou a ocupar o posto principal algumas vezes na cabine do VAR. Por fim, Lucas Horn, 31, chegou a fazer um jogo na B. Se considerarmos que entre os três nomes que restam, Roger Goulart (37) também apareceu na segunda divisão, apenas Eleno Todeschini (38) e Daniel Soder (40) não foram aproveitados nas funções centrais das principais divisões entre os gaúchos que estão no quadro da CBF.
Entre os assistentes, o aproveitamento talvez seja até melhor. São 15 bandeiras do Rio Grande do Sul no quadro da CBF. Oito deles têm rodagem na Série A e seis já apareceram em partidas da Série B. Sem falar no fato do ano, que é a chegada de Rafael Alves ao quadro da Fifa. A experiência dos assistentes no Gauchão será muito importante, pois não haverá o VAR na maior parte dos jogos da competição e será tudo resolvido dentro do campo.
É lógico que estamos falando de um estado com tradição em arbitragem. O Rio Grande do Sul chegou a ter quatro integrantes no quadro da Fifa no final da década passada. Carlos Simon, Leonardo Gaciba e Leandro Vuaden eram os árbitros que carregavam o escudo internacional no peito. Além disso, o assistente Altemir Hausmann também ocupava essa condição. De qualquer modo, para quem chegou a ter somente um integrante, alcançar o segundo e observar a consolidação nacional de alguns nomes pode ser um bom sinal de que a época de vacas magras está ficando para trás.