O final da partida decisiva da Libertadores entre Flamengo e River Plate foi eletrizante. Em intervalo de sete minutos, o time brasileiro marcou os dois gols da virada contra os argentinos e a arbitragem precisou mostrar dois cartões vermelhos. Tudo muito rápido e o grande protagonista foi Gabigol. Além de marcar duas vezes, ele foi um dos jogadores expulsos em uma decisão da arbitragem que ninguém entendeu. Afinal, por que o herói do Flamengo foi para a rua mais cedo?
O chileno Roberto Tobar havia acabado de expulsar Ezequiel Palacios, que deu um pontapé no atacante Bruno Henrique. O argentino ainda não havia deixado o gramado quando o juiz deu um pique para atravessar o gramado e mostrar o vermelho para Gabigol. Como o foco estava todo do outro lado do campo, as imagens não mostraram o que de fato ocorreu. O árbitro também não viu. Tobar foi avisado pelo assistente que Gabigol fez gestos ofensivos contra a torcida e o banco de reservas adversário. Este foi o motivo.
O fim do jogo no lance seguinte deixou a expulsão do atacante flamenguista totalmente em segundo plano. Qualquer necessidade de explicação perdeu força e deu lugar ao ambiente de festa pelo segundo título da Libertadores 38 anos depois.
Vale lembrar que o vermelho na final da Libertadores não tira Gabigol da partida de estreia do Flamengo no Mundial de Clubes. Isso já havia ocorrido com o Grêmio em 2017. Naquela oportunidade, Ramiro foi expulso no jogo decisivo contra o Lanús e entrou em campo normalmente contra o Pachuca nos Emirados Árabes Unidos. A suspensão foi cumprida pelo volante no ano seguinte no duelo contra o Independiente-ARG pela Recopa Sul-Americana, competição também organizada pela Conmebol.