Já está virando rotina no futebol brasileiro. O lance acontece, os jogadores reclamam e o árbitro faz o tradicional gesto de levar uma das mãos ao ouvido e estende a outra para pedir calma. É novo momento de maior tensão dentro de uma partida. Nada supera a expectativa para saber se vai ter VAR ou não. Foi isso o que ocorreu na vitória por 3 a 0 do Grêmio contra o Juventude, nesta quarta-feira (30), na Arena, pelas oitavas de final da Copa do Brasil.
O árbitro Wagner Magalhães não teria marcado o pênalti em favor do Tricolor se não fosse a interferência do VAR.
O juiz não percebeu que a bola bateu no braço do jogador do Juventude dentro da área. A infração se caracterizou porque o defensor ampliou o volume corporal de forma irregular. Interceptou o cruzamento com o que a regra chama de infração de mão.
Falei durante a transmissão da Rádio Gaúcha quando a imagem foi apresentada. Se eu fosse o VAR, solicitaria que o juiz principal revisasse o lance no monitor à beira do gramado. E marcaria o pênalti depois de ver o vídeo, se fosse o árbitro. Dito e feito. Em aproximadamente dois minutos tudo isso ocorreu. O VAR acertou ao interferir na decisão de Magalhães. O pênalti foi bem marcado.
Mesmo que a cobrança tenha sido desperdiçada por Jean Pyerre, considero que o árbitro de vídeo ajudou a fazer justiça na Arena. Ainda que o placar de 3 a 0 não tenha passado por essa decisão, o recurso ajudou a resolver uma questão que poderia gerar problemas no andamento do jogo. Isso não deixou qualquer dúvida sobre a legitimidade do placar.