O Inter de Roger já deu provas de ter superado a herança de se atrapalhar contra adversários de menos tradição e pornograficamente retrancados em casa. Dois exemplos: 3 a 1 sobre o Vitória e 3 a 0 no Cuiabá.
Nada demais? Lembre-se do Real Tomayapo. É um temor que já deveria estar enterrado, mas ele resiste na torcida. O que dá bem o tamanho do trauma.
A série invicta de 12 jogos já teve vitória na piscina (Atlético-MG), empate ao apagar das luzes (Corinthians), resistência com um a menos (Cruzeiro), a toca desvestida (Juventude) e o Gre-Nal. Já teve de tudo, mas o medo resiste, talvez embalado pelo que o Criciúma fez na Arena, contra o Grêmio.
Pode até dar zebra, claro: é futebol. Mas vejo o Inter de Roger mais robusto mentalmente diante dessas situações. Só tem um detalhe: há uma dose recente e extra de pressão hoje. É que a semana decide o ano.
O G-4 — Botafogo, Palmeiras, Fortaleza e Flamengo — não alivia a régua. Nem mesmo os cariocas, às voltas com Copa do Brasil e Libertadores. A vaga direta na Libertadores passa por vitórias sobre Criciúma e um Fluminense desfalcado, sexta-feira (8).
Como será a intensidade, o lado físico? É uma questão. Todo o cuidado é pouco, sem contar a chance rara que a rodada oferece de mão beijada ao Inter.
O duelo com o Criciúma vale mais que Gre-Nal. Explico: se somar seis pontos, e no domingo (10) o Flamengo for campeão da Copa do Brasil, o G-5 bastará.
Mais: o São Paulo, 6º com dois pontos a menos, pega o Bahia na Fonte Nova. O Inter pode fechar a noite com cinco de folga para G-5 e no G-4 caso o Flamengo perca para o Cruzeiro, em BH. Repare a loucura: ganhar do Criciúma virou mais importante do que o Gre-Nal.
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