Renato repete a todo instante que o Grêmio não cairá. Lá atrás, em um momento muito pior, garantiu que escaparia fácil.
Sair da briga do Z-4 é uma promessa fácil de cumprir, ainda mais olhando a tabela até o fim do campeonato. A linha de corte, hoje, é 41 pontos.
O Tricolor parou nos 35 após perder para o Atlético-MG e o Gre-Nal. Se ganhar de Atlético-GO e Juventude, em casa, a fatura está liquidada. Se necessitar mais, basta somar um pontinho aqui, ali e acolá e pronto.
O Grêmio não vai cair. Só que, a despeito do que diz Renato, a direção não parece surfar nesta onda. Prova disso é a promoção inédita de ingressos para vencer o miserável Atlético-GO de Janderson, Luiz Fernando e Baralhas.
Se precisa mobilização extra e casa cheia para ganhar do pior time da competição, é porque o medo está no ar.
A tranquilidade de Renato não bate com a dos dirigentes, e quem está com a razão são eles, além da responsabilidade oficial da qual estão investidos. Não se brinca com risco de rebaixamento, mesmo que seja de 0,1%.
Essa promoção de ingressos fantástica — um ingresso de sócio vale dois — acaba transformando em notícia nacional o público total de sábado (26).
Se a Arena não lotar após tanto tempo sem capacidade máxima liberada, o tom de protesto será óbvio. É um faca de dois gumes.
Se lotar, ok. A torcida terá respirado fundo e deixado divergências para depois. Mas a torcida também sabe que a chance de cair é só matemática.
Uma Arena com pouco público será recado direto do torcedor para a direção, Renato e jogadores, exigindo mudanças e afastando por completo a ideia de que não cair é objetivo a ser festejado — mesmo no ano da enchente.
Se acontecer de a torcida não comparecer como se espera, é legítimo. O Grêmio não está no seu lugar.
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