O Inter contratou Borré, um goleador de seleção, a da colombiana, a peso de ouro. Só que ele, além de não fazer gols, os perde de maneira inacreditável: sem goleiro, cara a cara. Na Arena da Baixada falhou duas vezes. Já o Athletico-PR, que produziu muito menos, tem Canobbio. Também de seleção, a do Uruguai, e sem grife. Em seu primeiro chute na casinha, de fora da área, já que o Furacão não conseguia penetrar, golaço.
Quem viu o jogo, no instante em que Borré perdeu sem goleiro na pequena área, com certeza pensou naquele ditado sábio e sempre confirmado: quem não faz, leva. O Inter era melhor, apesar do time misto, fruto dos desfalques por lesão e preservações pelo gramado sintético. Mas não se perde gols inacreditáveis impunemente.
Talvez Coudet tenha aberto demais o time ao trocar Rômulo e Bruno Henrique por Bustos e Thiago Maia. Mas a derrota não se deu por isso, e sim por uma única razão. Borré perdeu gols que um jogador como ele não pode perder. Vai desencantar? Provavelmente, sim. Mas embora pareça cruel, pois futebol é coletivo, a primeira derrota do Inter no Brasileirão vai na conta do seu maior investimento.
O que há com Rafael Borré?