Agora só se o Grêmio assinar a sua mais incrível página de renascimento em mais de um século de história. A derrota para o Bahia era tudo o que não podia acontecer. Era um inimigo direto, com jogo a menos ainda por cima. Então o fracasso por 3 a 1 é quase a consumação da terceira queda.
A distância do primeiro que escapa agora é de quatro pontos. Só que o Juventude tem o Bragantino na terça-feira(30), em casa. Só não digo que o Grêmio está rebaixado por respeito ao futebol e a instituição, marcada por viradas épicas. Falei antes, posso dizer agora. O Grêmio entrou em campo mal escalado, com medo. Três volantes: Thiago Santos, Bobsin, Villasanti. Por um lado, Alisson, que não agride. Um time lento, apático, sem criação, incapaz de atacar. Isso tendo de ganhar.
Obviamente, o fraco Bahia veio para cima. Logo abriu 2 a 0. Com três volantes, Vanderson não teve cobertura nunca. Errou, mas onde estavam os volantes para ajudá-lo? Assim o Grêmio desperdiçou o primeiro tempo. Chutou uma bola no gol. Um time taticamente covarde. Vieram as substituições .
TIME COM MEDO
Campaz entrou no lugar de Bobsin. O time melhorou. Não muito, porque o Bahia é ruim. No intervalo, entraram Rafinha e Douglas Costa, saindo Vanderson e Alisson. O time, aí sim, foi à frente. Descontou em um gol espírita. Mas já era tarde. Então Mancini teve de ir para o suicídio, provocado por ele ao escalar um time medroso, para empatar. Terminou o jogo sem volantes e com Thiago Santos de zagueiro para acomodar Borja, Diego Souza, Ferreira, Campaz e Jean Pyerre juntos. Uma baderna tática, meio-campo vazio, que só podia resultar no 3 a 1 do Bahia. O Grêmio vai cair pela paixão de fechar a casinha como solução mágica.