Everton está indo embora na hora certa. Será bom para ele, que vai ganhar mais e jogar Liga dos Campeões, sonho de todo jogador.
Será bom para o Grêmio, que vai faturar 20 milhões de euros, cerca de R$ 126 milhões, quase que imediatamente, ou pelo menos em menos parcelas do que inicialmente. Falou-se em 22 milhões, mas em longo parcelamento. E se o Benfica não pagar em dia? Melhor mesmo bater o martelo por um valor menor, mas com grana garantida no cofre. Outra oferta assim, em tempos de pandemia e de pós-pandemia, duvido muito.
Será bom para o técnico Tite, que receberá na Seleção Brasileira um extrema mais experiente e maduro nas Eliminatórias para o Copa do Mundo do Catar-2022, agora enfrentando os melhores defensores do planeta na Europa.
E, por fim, será bom para Pepê.
Aos 23 anos, a estrela de Everton, titular absoluto, estava travando a fixação de Pepê entre os titulares, já que ele rende muito mais pelo lado esquerdo, e não no direito, onde Alisson e seu trabalho operário dão conta do recado. Se não tivesse sequência, corria o risco de atrapalhar a fase final da sua ascensão ao time, perdendo o chamado "timing".
Tudo tem hora para acontecer, e me parece que a hora de Everton sair foi a melhor possível, com direito a taça erguida em Gre-Nal, a do segundo turno.