Votei em Pedro Geromel para melhor em campo contra o Flamengo, na transmissão da Rádio Gaúcha. Mas bem poderia ter escolhido Maicon. Aos 34 anos (completa 35 no dia 14 de setembro, daqui a menos de um mês), suas atuações têm sido de alto nível. Lembremos que ele já tem até gols na temporada. São dois, um em Gre-Nal.
No 1 a 1 no Maracanã (chamei de empate criminoso: o Grêmio foi bem melhor), até sentir dores musculares e sair, Maicon foi soberbo. E não só como responsável pela dinâmica de passes, sua maior virtude, mas também na condição de marcador, sem a bola.
E por que isso aconteceu? Por que o veterano Maicon parecia o dos 20 e poucos anos?
É que o Grêmio marcou coletivamente como se não houvesse amanhã, com uma sofreguidão inédita em 2020.
Não foi só marcação alta de Diego Souza, Jean Pyerre e Pepê para obrigar o goleiro Diego Alves a dar uma quebrada ou forçar Rodrigo Caio e Léo Pereira a recorrer à ligação direta. A ordem era roubar a bola, com sangue no olho.
Com o processo iniciando lá na frente, a parte defensiva dos volantes ficou mais fácil. O time ajudou o talento de Maicon. O problema é repetir isso quarta e domingo. Duro de manter esse toada, mas se o Grêmio conseguisse, penso que Maicon poderia reger o meio-campo de Renato por um bom tempo ainda. Outras duas temporadas, talvez.