Quando o Grêmio fez 2 a 0 na Arena, escrevi que a vitória se repetiria em Assunção. A diferença técnica e tática é do tamanho do abismo institucional com o Libertad. Na Arena, bastou o Libertad sair um pouco de trás, após a expulsão de Geromel, e o Grêmio venceu.
Nesta quinta-feira, o Libertad cometeu um erro crasso. Achou que tinha condições de atacar. Não tem. Com espaço, o Grêmio venceu como no Gauchão, quando goleava em ritmo de treino.
A seriedade indicava jogar com inteligência, deixando a bola com os paraguaios e explorando os espaços para contra-ataque. Para que se expor?
O gol de pênalti logo a 5 minutos, de Jean Pyerre, ajudou nesse enredo. A partir daí, foi o Grêmio tentando não pensar no Palmeiras, levando um jogo que, a partir dos dois gols de André, já estava 3 a 0 no intervalo.
Luciano, quem diria, terá de esperar a vez. A sombra deu certo. André desencantou. De todos os times das oitavas da Libertadores, o Grêmio foi o que se classificou às quartas com mais supremacia sobre o adversário, somando duas vitórias e escore.
Que venha o Palmeiras, revivendo os duelos épicos dos anos 1990, só que agora com estilos trocados. O Grêmio é que representará o talento, e os paulistas, a força e o pragmatismo.