O Inter vai se classificar. Passam oito para a fase de mata-mata. O problema do atraso na largada do campeonato é ter de lidar com Gre-Nal antecipado, nas quartas ou até semifinal, bem como perder a vantagem do mando de campo caso não avance entre os quatro primeiros. Este é o ponto.
De resto, a tendência é os titulares recuperarem o terreno perdido à medida que forem entrando em ritmo. O time é praticamente o mesmo que conquistou vaga na Libertadores com sobra. A derrota para o São José por 2 a 0, a segunda no campeonato, tem esse percalço e põe pressão na equipe principal, que terá de se superar e vencer o Veranópolis, quarta-feira, no Antônio David Farina.
O começo errático do Inter no Gauchão lembra muito o do Grêmio no ano passado. Após os tropeços da transição, os titulares estrearam perdendo para o Cruzeiro, na Arena. O Grêmio classificou-se em sexto lugar, não muito distante de onde está o Inter agora. O problema todo é o ritmo de competição. Sem isso, fisicamente falando, tudo fica mais difícil contra qualquer adversário. E, quando o adversário é o São José-RS de Rafael Jaques, um time muito organizado taticamente desde o ano passado, acontece como neste domingo (27). Chance zero de vitória, com o Zequinha superior em tudo.
Odair Hellmann demorou a mexer no tripé de apoiadores, uma marca de seu modelo tático. Patrick e Lindoso foram mal desde o início. Rithely se comportou bem defensivamente, mas seus parceiros não. Permaneceram até o fim, rendendo mal e travando o meio-campo. Sarrafiore podia ter entrado mais cedo. Mostrou postura, indo para cima. A segunda derrota seguida passou por um meio-campo burocrático e pouco marcador.