Valeu a pena treinar pênaltis, como ordenou Renato. Os erros viraram acertos quando o Grêmio mais precisou, na hora de decidir a vaga nas quartas de final da Libertadores. Não seria mesmo razoável cair fora em um ataque contra defesa como não se via há muito tempo.
Talvez os gols de lado a lado com menos de 10 minutos, de Everton e Rodríguez, tenham empurrado o Estudiantes para uma linha de defesa ainda mais baixa. Além dos três zagueiros e dos laterais, o veterano volante Braña ia recuando até formar o sexto homem. O Grêmio teve 83% de posse, algo absurdo no futebol moderno. Finalizou 23 vezes, contra só uma, a de seu gol, do Estudiantes. Que veio para isso mesmo. Inferior tecnicamente, assumiu o jogo por uma bola.
Renato acertou em escolher Jael. Acertou em trocar Ramiro, mal no jogo, por Alisson, já no intervalo. Acertou ao investir em dois centroavantes, com André na vaga de Léo Moura. E Pepê, saindo Jailson, praticamente ficando sem volante marcador. Renato não tinha como entrar em campo e chutar com serenidade, como Jael e Luan não fizeram de frente para o gol, na segunda etapa.
O fim do jogo foi de chuveirinhos (32 no total). Em um deles, já nos acréscimos, Alisson, de cabeça, impediu o crime e levou a decisão da vaga nas quartas da Libertadores para os pênaltis. E, dessa vez, nem precisou Marcelo Grohe salvar. O Grêmio segue na luta pelo tetra, contra o Atlético Tucumán. Decide em casa. Está perto da semifinal.