Com a surpresa de Pepê no lugar de Everton, como sugeriu Romildo Bolzan no Sala de Redação, o Grêmio não fez um bom jogo. Perdeu por 2 a 1, mas ficaram tão claras as limitações do Estudiantes que a classificação deve vir com naturalidade na Arena. Basta uma vitória simples.
Pepê apareceu pouco, mas não era de se esperar ajuda no ataque com Marcelo Oliveira. O Grêmio trocou passes e teve mais posse de bola (72%), mas faltou aquela fluência e dinâmica habituais. O ataque, sem Everton, foi de asma. Mesmo assim, um pouco mais de qualidade na transição impediria a derrota.
Luan ficou devendo na criação. Montado no 4-1-4-1, o Estudiantes se ocupou de tirar espaços de Maicon, condenado o meio-campo gremista a mera burocracia. A bola girava, sem velocidade. Após bom início, o Grêmio afrouxou a marcação, talvez antevendo facilidades diante do esforço que a gurizada argentina mostrava diante de simples movimentos.
O fraco Estudiantes fez 2 a 0, quem diria, em cima de Geromel e Kannemann. O primeiro foi um golaço, mas resultado de marcação azul displicente até o arremate. O segundo veio em escanteio. Como teria sido sem Kannemann descontar também em bola aérea, a 44 minutos do primeiro tempo?
Os argentinos acusaram o golpe do gol qualificado. O Grêmio melhorou com Jael no lugar de André, a 17, retendo bola na frente. A partir da expulsão do volante Zuqui, só deu Grêmio. Faltou força para empatar. Cícero e Jael perderam chances por incompetência.
Mesmo com 10, o Estudiantes segurou a vitória. O Grêmio se classificará, mas terá de jogar muito mais mesmo para ao menos cogitar o tetra da América.