A vitória de 2 a 1 veio em um frango do goleiro Caíque, que fazia boa partida até se atrapalhar todo na cobrança de falta de D'Alessandro, aos 45 minutos do segundo tempo. Dá para chamar de gol contra, inclusive. Mas vale lembrar que o gol baiano também nasceu de um erro grave de Rodrigo Dourado. Ele atravessou uma bola dominada pela defesa colorada na frente da área.
Descontados os erros, portanto, o Inter teve um belo gol, o de Patrick, tramado com bola no chão. Foi o que fez a diferença. Após 21 dias só treinando, a falta de ritmo pesou.
Os desfalques de Leandro Damião e William Pottker são graves. Pottker entrou alguns minutos e perdeu um gol feito que poderia ter mudado o cenário para o jogo da volta, em Salvador. Mas houve méritos, sim.
A posse de bola fechou em 63% para o Inter. O time de Odair Hellmann trocou muito mais passes do que o seu adversário. Em finalizações, 13 a 5. Criou mais situações claras. Ou seja: o modelo de jogo que o técnico tenta fixar aconteceu na noite desta quarta-feira, no Estádio Beira-Rio.
Ainda falta qualidade, não resta dúvida. É preciso mais. A saída de bola tem de ser mais rápida, veloz e objetiva. O atacante Rossi foi bem enquanto teve fôlego, com assistência e ajudando Iago a marcar. Somou pontos para seguir no time até Pottker voltar. Talvez, enquanto Damião não exibir condições, ele e Pottker possam formar o ataque. Sem o gol qualificado, a vantagem deste 2 a 1 cresce. Fabiano, na lateral direita, igualmente me pareceu satisfatório.
O Inter não encheu os olhos, é claro que não, mas seria injusto não vencer o Vitória, diante desses números e dados estatísticos. Repito: erro por erro, gol dado por Rodrigo Dourado e gol dado pelo goleiro Caíque, prevaleceu o belíssimo gol construído por Rossi, Iago e Patrick, finalizado pelo último. Resultado justo, portanto, embora aberto para a volta em Salvador.