Marcelo Lomba não teve culpa em nenhum dos três gols que levou. Assim como Marcelo Grohe não teria em pelo menos três lances, dois deles à queima-roupa, de Rodrigo Dourado: cabeceio, logo no começo do jogo, e chute da pequena área, no segundo tempo.
Só que o goleiro do Grêmio, no jogo grande, no momento decisivo, opera milagres como os de ontem. Por isso é titular de clube grande há tanto tempo. O do Inter, não. Lomba é bom goleiro, mas um bom goleiro comum. Grohe é extraclasse. São diferenças que, uma sobre a outra, explicam as vitórias do Grêmio em Gre-Nal.
Outro detalhe importante em favor do Grêmio é a serenidade. Mesmo quando parecia que a troca de passes era estéril, nada mudou. O gol de Everton é a prova. Tanto faz se é no primeiro ou no último minuto dos acréscimos: o Grêmio segue tentando da mesma maneira, girando a bola até o espaço aparecer.
A marcação do Inter oscilou entre baixa e média, fugindo ao seu padrão habitual. Poderia funcionar se houvesse qualidade no contra-ataque. Mas o time de Odair nunca conseguiu colocar mais jogadores do que o de Renato adiante da linha da bola, talvez por receio de desarmar a parede lá atrás. Marcinho e Nico López foram sempre bloqueados.
São apenas alguns dos caminhos que resultaram na vitória do Grêmio, além dos já fartamente discutidos.