Nem vou falar da posse de bola, quase 70% mesmo na altitude antidesportiva de La Paz.
Ficarei nas finalizações certas: bola na trave, zagueiro tirando em cima de linha e goleiro operando milagres: 13 a 1.
Se fosse ao nível do mar, a Seleção enfiaria uma goleada lendária na penúltima rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo da Rússia-2018, realizada na tarde desta quinta-feira, na Bolívia.
Neymar humilhou seus marcadores com canetas, rolinhos e pedaladas. Foi um milagre andino o Brasil só empatar em 0 a 0. Seguem os 32 anos sem vitória a 3,6 mil metros em Eliminatórias.
A Bolívia se defendeu fazendo cera, dando chutão e rifando bolas. A Seleção vai a São Paulo fechar o torneio como campeã simbólica, contra o Chile, terça-feira, com um aprendizado a mais na conta.
O empate mostrou como é bom ser um time organizado, no qual ninguém corre errado e todos sabem a sua função tática e a do outro. Correr certo ajudou a não deixar o oxigênio faltar.
