Claro que a venda de Walace é ruim. Trata-se de um campeão olímpico, que será muitas vezes convocados por Tite. Ele e Maicon criaram uma dinâmica boa como volantes, fazendo a roda da troca de passes girar no Grêmio.
O segredo para o salto de qualidade numa equipe é manter e agregar qualidade, reforçando o entrosamento e facilitando a entrada de quem chega justamente por essa unidade. Quem não sabe? As exigências do ano de Libertadores reforçam ainda mais essa necessidade.
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Alguém argumentará que o Grêmio poderia ter tirado mais dos alemães do que os 10 milhões de euros ou R$ 33 milhões de reais. Ficará com 60% desse calor. O raciocínio acima é um dos lados da moeda. Mas ficou com o outro lado.
Havia algum tempo que o Grêmio não vendia ninguém para fazer caixa. É impossível manter R$ 7 milhões de folha em dia sem vender ninguém. É a nossa realidade, agravada pela crise. O mercado, lá fora, sabe que os clubes brasileiros estão com a corda no pescoço e trabalham com isso na hora de negociar.
E o jogador faz força para sair. A Bundesliga é uma baita vitrine. Walace pode usá-la para vestir a camisa de um dos grandes da Europa na próxima temporada ou depois. Jaílson está pronto para o seu lugar. Ramiro é opção.
Numa frase: entre os dois candidatos a deixar o Grêmio pela valorização da Seleção, melhor perder Walace do que Luan.
*ZHESPORTES