No Rio Grande do Sul é proibido cortar galhos de uma árvore sem a devida autorização. Não importa que ela esteja no pátio da sua casa ou do seu prédio. Decepar a árvore toda, então, nem pensar. Você vai precisar pedir a bênção e ainda pagar inúmeras taxas para a prefeitura local.
Apesar da autorização do poder público, alguém vai escalar a árvore, fazer um estardalhaço e, pronto, ninguém mais corta nada. Basta ver o que aconteceu com as últimas tentativas de corte aqui na Capital. E nenhum destes troncos fica ao longo do Arroio Dilúvio. Uma pena, pois a poluição do Dilúvio é o maior problema ambiental de Porto Alegre. Aquele esgoto em grande escala que corre a céu aberto em todo trecho da Avenida Ipiranga. Subiram em árvores por toda parte, mas quem se importa com o Dilúvio? Onde estão as árvores da Ipiranga? Aliás, é bom que existam freios para impedir derrubada de árvores de forma indiscriminada.
Ninguém briga por este arroio como se briga por árvores. E todas as questões ambientais deveriam ser questionadas com os mesmos pesos.
Primeiro, o que falta é a canalização do esgoto pelas empresas e famílias que ali despejam seus dejetos. Seja sincero: você levaria seu amigo ou amiga de fora da cidade para um passeio ao longo do nosso maior arroio, na maior avenida? Parece, apenas parece, que uma parte do Dilúvio vai ser revitalizada. Parece, porque já vimos promessas antes e nada aconteceu.