O Grêmio vive um dilema. Todo gremista acorda com a necessidade de brigar contra uma lógica. A figura da idolatria pressupõe um filtro sobre qualquer defeito ou problema, mas o presente ataca esse contexto de forma implacável.
Ídolos não combinam com críticas e está aí a grande dificuldade da torcida tricolor. Renato é o maior ídolo de todos os gremistas, mas, neste momento, é merecedor de uma enxurrada de críticas.
A força do tempo deveria transformar o ídolo em algo ainda mais forte. Os atos da vida comum, diante de uma pessoa como qualquer outra, transformaram Renato em um alvo fácil para receber críticas. A diretoria do Grêmio precisa entender a força do sentimento dos gremistas, preservando o homem e demitindo o técnico. Renato é muito maior do que uma breve despedida.
Seus últimos atos, de conflito e confronto, indicam uma fadiga que os ídolos não sentem. Um mito não cansa, mas Renato demonstra isso. A insistência, aparentemente, não faz sentido para ninguém. Difícil imaginar que a relação entre Grêmio e Renato seja tratada, apenas, por um negócio comercial. Renato precisa entender e o clube também.
Está na hora de preservar a nossa história. Precisamos cuidar do ídolo e tentar tirá-lo das relações de erros e dificuldades típicas de um técnico de futebol. Renato é um gigante para os gremistas e precisa se manter assim. O tempo, que passa voando, está fazendo força para diminuí-lo e está na hora de entender isso.
Os atuais dirigentes precisam pensar no Grêmio e não nos próprios medos. O Imortal Tricolor precisa sempre estar à frente das vontades humanas. E os ídolos, se entendidos, não morrem. Está na hora de salvarmos Renato, homem gol e eterno camisa 7. Está na hora de demitirmos o atual treinador do Grêmio.