Uma simples escolha mudou a história. O atacante argentino Vegetti, do Vasco, um dos principais atletas do país na atualidade, foi oferecido ao Grêmio antes de fechar com o clube carioca.
Em julho de 2023, o jogador acabou sendo descartado pelos dirigentes do Tricolor e o seu destino foi São Januário, onde começou uma linda história. O Grêmio, no início de agosto daquele ano, contratou JP Galvão para ajudar Suárez na tentativa da conquista do título brasileiro. A escolha deu errado.
No futebol, situações como essa são mais comuns do que se imagina. Centenas de jogadores são oferecidos aos clubes, sobretudo nas janelas de transferência, e as escolhas são muito difíceis. Normalmente, estamos cercados por preconceitos baseados em uma lógica muito perigosa. O que vem da Europa acaba recebendo um tratamento diferente e um cuidado maior.
Vegetti, naquele momento, estava na Argentina e não tinha um histórico em clubes grandes daquele país. Ele chegaria aqui sob desconfiança. Já JP Galvão tinha boa média de gols em clubes da Itália e havia tido uma passagem, mesmo relâmpago, pela seleção daquele país. A escolha, pela nossa cultura, seria óbvia. E foi.
Está mais do que na hora de mudarmos as nossas condutas e estruturas. Estamos baseados no mais caro e no que dá mais visibilidade. Os clubes brasileiros gastam cada vez mais e precisam correr atrás de dinheiro a cada janela exatamente por essa lógica. Vegetti é mais um caso para refletirmos. Apenas mais um caso.