A vitória de Sebastião Melo, do MDB, não aconteceu ainda no primeiro turno por muito pouco. No segundo, a matemática não falhou. Melo repetiu o que tinha feito no primeiro turno e ainda somou os eleitores de Felipe Camozzato e parte dos que tinham escolhido Juliana Brizola.
Atribuo a vitória a dois fatores. O primeiro é o próprio Melo. O prefeito soube usar a seu favor situações que poderiam ser negativas, como a própria enchente. Ao ser criticado por moradores do Sarandi, por exemplo, não brigou nem contestou, mas se colocou à disposição da população.
Quando chamado de chinelão, transformou o limão em caipirinha. Melo transita bem dos bairros mais pobres ao empresariado da cidade. Mérito dele e da sua equipe, que soube trabalhar bem a imagem de homem do povo. Mas não só isso.
O segundo fator que trago aqui é o nome escolhido pelo PT. Maria do Rosário tem altos índices de rejeição, e não sou eu que estou dizendo. As pesquisas mostravam isso desde sempre. A reação do público a cada entrevista evidenciava a mesma coisa. Quando a enchente aconteceu, havia a brecha para que um nome mais simpático à população ganhasse espaço. Já era tarde demais.