A história já está feita. A Colômbia derrotou o Chile e, pela primeira vez, irá disputar uma semifinal pan-americana. O resultado é fruto do trabalho do técnico Jorge Schmidt.
Após a vitória sobre o time da casa, os atletas colombianos não tiveram dúvidas em erguer o comandante da equipe, numa prova clara de que o filho de Novo Hamburgo está se tornando uma espécie de herói nacional. A tarefa, agora, será dura, porque terá o Brasil pela frente.
Uma vitória apresentaria uma surpresa gigantesca e seria digna de uma estátua para o gaúcho de 66 anos.
Recorde a caminho
O Comitê Olímpico do Brasil já pode começar a fazer os cálculos para superar as 54 medalhas de ouro conquistadas em Lima, quatro anos atrás, e que são o recorde absoluto do país na história dos Jogos. Atletismo, vela, ginástica rítmica, equipes do tênis de mesa, vôlei e basquete masculino, triatlo e saltos do hipismo são algumas das apostas para que um novo recorde seja estabelecido no Chile.
Potência na ginástica
A ginástica brasileira lutou por anos e está cada vez mais consolidada no seleto grupo das potências mundiais. Se lá atrás, Daiane dos Santos, os irmãos Diego e Daniele Hypólito, Jade Barbosa e Arthur Zanetti eram nomes que carregavam o esporte, o trabalho feito pela confederação brasileira deu frutos não só na artística, com no surgimento de Flávia Saraiva e da fenomenal Rebeca Andrade.
Nesta quinta, a rítmica também mostrou porque está cada vez mais entre as top. Depois de vaga olímpica, no último Mundial, as primeiras medalhas vieram com o ouro de Bárbara Domingos e o bronze de Maria Eduarda Alexandre, no individual geral, além do título e novo ouro do conjunto. É a prova de que um trabalho bem feito e com investimento correto pode render muitos frutos.
Fiquem atentos porque a prova de trampolim também poderá render alguns pódios nesse Pan.
Orgulho nacional
As constantes reclamações sobre questões como transporte, alimentação na vila dos atletas, instalações e segurança ganharam um novo contorno com a tentativa de assalto ao prédio onde o Time Brasil está instalado. O certo é que, infelizmente, o Chile não está se mostrando preparado para sediar um evento deste porte.
Um balanço ainda será feito e vamos ver o que dirá o chileno Neven Ilic, presidente da PanAm Sports, entidade que rege o esporte nas Américas. O certo é que os problemas apresentados em Santiago devem servir como alerta para 2027, em Barranquilla, na Colômbia.
O Pan foi tratado pelos chilenos como uma questão de orgulho nacional. E as críticas não têm sido bem recebidas, mesmo que construtivas. Desta forma, o entendimento de que é possível fazer melhor fica prejudicado, já que o sentimento nacionalista está acima de qualquer coisa.