A temporada de 2023 tem tudo para ser uma das melhores para o tênis feminino do Brasil. Bia Haddad Maia segue a passos largos rumo ao top-10 de simples e de duplas. Atualmente ela está em 15º e 12º lugar, respectivamente, e nas três primeiras atuações do ano, duas pela United Cup e a estreia no WTA 500 de Adelaide, mostrou-se sólida e ainda não cedeu um set sequer.
O primeiro desafio de Bia virá no Aberto da Austrália, dentro de duas semanas, quando ela será cabeça de chave, o que em tese pode lhe dar um caminho tranquilo nas rodadas iniciais. A canhota de 26 anos fez uma boa fase de preparação, tem evoluído em vários aspectos, incluindo o físico. O saque, apesar de ser uma de suas armas, ainda precisa ser mais constante, mas seus golpes potentes podem ser uma ameaça ao grupo das 10 primeiras do ranking.
Bia também jogará nas duplas, modalidade em que Luisa Stefani está de volta. A paulista, que foi a número 9 do mundo, recuperou-se de grave lesão no joelho e, depois de passar por cirurgia, voltou a atuar no final de 2022 e obteve excelentes resultados.
Outra brasileira que deve ter um bom ano é Laura Pigossi, que foi parceira de Stefani na conquista do bronze olímpico em Tóquio e que está próxima de entrar na lista das 100 melhores, o que lhe dará chances de entrar em alguns torneios sem precisar disputar o qualifying, como ocorre no momento no Grand Slam australiano, em que ela estreou vencendo.
Um outro grande teste para as meninas brasileiras será a Billie Jean King Cup, em abril. A equipe está classificada para a divisão principal e irá enfrentar a Alemanha, na primeira rodada, com possibilidades de avançar de fase.