Kelly Costa é uma das vozes do esporte na RBS TV, dentro do Bom Dia Rio Grande, Jornal do Almoço e Globo Esporte, na Rádio 92 (92.1 FM), no Sextou das Gu, e agora também no Segue o Fio, programa que comanda, de segunda a sexta-feira, às 10h, no canal de GZH do YouTube, ao lado dos comentaristas Cesar Cidade Dias, Cristiano Munari e Vaguinha.
Paralelamente à rotina atribulada no trabalho, a comunicadora do Grupo RBS está às voltas com o planejamento de seu casamento com Bruno Halpern, repórter esportivo da RBS TV. Há quase seis anos juntos, Kelly e Bruno vão se casar ainda neste ano e dividem alguns momentos dessa preparação com seus seguidores nas redes sociais. No bate-papo a seguir, Kelly conta mais sobre os detalhes da cerimônia de casamento, destaca as novidades na carreira e, claro, celebra o momento de conquistas das mulheres no esporte.
Além da cobertura esportiva no Bom Dia Rio Grande, Jornal do Almoço e Globo Esporte, está comandando o Segue o Fio no streaming. Como é desenvolver esse projeto?
É um projeto que já vem sendo pensado, planejado, estruturado aqui pelo Grupo RBS há um tempo. É muito importante que a gente tenha essa presença cada vez mais forte no streaming, porque a gente vê que o comportamento das pessoas leva muito, cada vez mais, para a internet. Eu fico muito honrada, muito feliz de fazer parte desse projeto. A gente já está há quase dois meses com o Segue o Fio no ar, de segunda a sexta, às 10h. É o fio condutor da paixão pelo futebol que a gente sabe que os gaúchos têm muito forte. A gente fala muito de Dupla Gre-Nal por ali, dos principais assuntos que estão norteando o momento. É leve, descontraído. É uma atuação necessária neste momento em que a gente vê a internet ganhando muito espaço e as pessoas consumindo muito o que está ali.
Qual é a principal diferença da cobertura esportiva na TV para cobertura no streaming?
Tem bastante diferença. Eu acho que, ao longo dos anos, a gente conseguiu estabelecer na TV uma linguagem muito mais informal. E isso faz com que estejamos mais próximos de quem nos assiste. O nosso telespectador se sente numa conversa, mas, na internet, isso é muito mais profundo, sabe? De realmente sentir que está numa mesa de bar, num papo com os amigos. Então acho que essa é a sensação. A gente se preocupa um pouco menos com o tempo, tem um tempo maior para desenvolver uma ideia, consegue entrar em temas mais específicos que, às vezes, não é só o que está acontecendo no momento. Na internet, a gente tem um pouco mais de liberdade. E descontração, sabe? Bom humor, leveza para falar dos assuntos, para fazer uma corneta, para pegar no pé de alguém.
Te sente à vontade nesse formato?
Muito! Muito à vontade. A presença nas redes sociais nos possibilita isso. Por já me conectar com o público nas redes sociais, eu sinto que, quando fui para o YouTube, foi uma transição tranquila, natural. Os guris me ajudam muito, porque o CCD e o Vaguinha vêm da internet. O Munari é mais da rádio, do jornal. Mas eu acho que tudo casou para que dar certo, sabe? Eu acho que a gente encontrou uma fórmula muito boa no Segue o Fio. E eu torço pra que quem nos assiste também esteja gostando tanto quanto a gente está gostando de fazer.
Falamos nas redes sociais. Na 92, você e a Alice Bastos Neves comandam o programa Sextou das Gu, que nasceu da hashtag #SextouDasGu nas redes sociais, há mais de três anos, com as dancinhas de vocês. O que motiva a seguirem postando esse conteúdo?
Algumas pessoas acham que, para conseguir se destacar ou para ser relevante nas redes sociais, tem que fazer uma dancinha. Não é essa a proposta. A gente começou levando um pouco do que a gente é aqui no nosso ambiente de trabalho. E a gente é uma dupla. Somos muito parceiras. E a gente leva vários momentos com muita leveza e descontração. E eu acho que isso foi traduzido ao longo do tempo com essa proposta das dancinhas. Eu e a Alice, a gente já gostava de dançar. E a gente também sempre troca umas figurinhas com música, né? E outros assuntos como amigas mesmo. E aí, a gente pensou: "Por que não fazer algo juntas para mostrar como existe essa leveza também no nosso ambiente de trabalho?". Acho importante que a gente possa também mostrar esse lado: essa leveza, essa tranquilidade que a gente tem de ser quem a gente é aqui no nosso ambiente de trabalho.
O desempenho das atletas brasileiras na Olimpíada tem sido muito bom. Acha que, a partir disso, a gente possa vislumbrar um lugar de menos preconceito e de menos assédio em relação à mulher no esporte?
Eu acho que a gente caminha a passos largos pra colher frutos de uma luta que vem de muitos anos, né? De gerações muito anteriores. A gente vê mais mulheres atuando em frente às câmeras, atrás das câmeras, nos bastidores. Agora, na Olimpíada, vemos mais equidade. Equiparação de gênero. Então, acho que isso foi um passo muito importante. E falando um pouquinho da atuação das brasileiras, a gente também vê que a delegação feminina é maior pela primeira vez. E ela também está entregando muito. As mulheres estão medalhando, as mulheres estão conquistando. Acho que isso é muito importante. Também pelas conquistas, porque existe uma dedicação, um empenho e, às vezes, um esforço duas vezes maior do que o do atleta homem. Abrir essas portas, tendo essas atletas ganhando medalhas, é muito importante. Porque as menininhas que, um dia, quiserem ser como a Rayssa Leal e brilharem no skate, vão achar que elas podem. As novas Rebecas, da ginástica, elas vão entender que, sim, há um caminho que outras mulheres já percorreram.
Sobre o seu casamento com Bruno Halpern. Como está a preparação?
A preparação está bem intensa (risos). A gente noivou em maio do ano passado e, desde então, quando eu voltei de férias, simplesmente comecei a pensar no casamento. Eu sei que parece meio louco, quase um ano e meio antes da data, a gente já começou a organizar. Um mês depois do noivado, já tinha cerimonialista, já estava vendo local. E um dos locais que a gente gostou não tinha mais datas disponíveis. Pensei: "Não posso me amarrar".
A cerimônia vai ser no Rio Grande do Sul?
Sim, vai ser em Cachoeirinha, na Região Metropolitana, em um sítio. O Bruno é de Pelotas, eu sou de Porto Alegre, mas o lugar que nos encantou foi esse na Região Metropolitana. Escolhido o local, gente começou a se adiantar um pouco mais na contratação de buffet, decoração, drinks e tudo mais. A organização passou a ser mais intensa, porque eu não poderia não ter os fornecedores que eu gostaria muito de ter. E como a nossa vida é muito corrida, se eu me apertar de tempo, não vou ter grandes problemas, porque já vai estar tudo bem encaminhado. A gente está curtindo as nossas escolhas, acho que está sendo muito bom.
E o Bruno participa ativamente do planejamento ou o processo fica mais centralizado em ti?
Muito! Ele escolhe muitas coisas, ele participa. Eu não gosto de tomar uma decisão sem perguntar para ele. Eu acho que a noiva é mais atuante nesse momento, isso é natural. Mas não há algo que eu não consulte o Bruno, porque é o nosso casamento, né? Então, é muito importante que ele também opine.
E como escolheram o time de madrinhas e padrinhos?
Tem que estabelecer alguns critérios. E a gente escolheu pessoas que estiveram muito presentes na nossa caminhada. Essas pessoas fazem parte da nossa história. E a gente sabe que são pessoas que a gente vai poder contar enquanto casal. São pessoas muito especiais que moram no nosso coração.
E o vestido de noiva? Já está pronto?
É muito louco escolher o vestido de noiva. Eu sou muito prática para as coisas, sou virginiana. Fui numa loja de aluguel de vestidos. Lá, eu entendi qual era o meu estilo. Isso foi muito importante. Ter experimentado foi muito importante. Mas aí, a minha escolha foi por mandar fazer. Então, eu tenho uma estilista, a Paloma Quadros, que está fazendo o meu vestido. Ela entendeu perfeitamente a maluquice que surgiu na minha cabeça na hora de definir minhas escolhas.
Quem já te viu vestida de noiva?
A minha mãe, a Lari, minha melhor amiga, e também a minha sogra. Ele ainda não está pronto, já fiz uma prova, estou para fazer a segunda. E acho que deve ter mais umas duas. Mas ele está muito bem encaminhado.
E a festa vai ser para quantas pessoas?
Olha, a festa é para 250 pessoas. Casamentão! É gigante, é enorme, mas está todo mundo tranquilo. A única coisa é que agora tem lista, chegou a hora de mandar os convites. A gente sabe que não vai conseguir convidar todo mundo que gostaria. Infelizmente, dá uma dor no coração, mas acho que as pessoas vão entender na medida do possível.
O que ajuda na hora de definir a lista de convidados para um casamento?
Convidar as pessoas que são importantes para casal. E essas pessoas estarão lá. A gente está há quase seis anos juntos. Se um dos dois ainda não conviveu com alguém que o outro conhece, é porque alguma coisa distancia aquela pessoa daquele momento. É um critério, um ponto de corte.