Neste sábado (2), a jornalista porto-alegrense Juliana Sana, apresentadora do quadro Belezas da Terra no programa É de Casa, da Globo, vem até Bento Gonçalves, na Serra, não para mostrar a tradicional produção de vinhos, mas, sim um projeto pioneiro desenvolvido a partir de resíduos da uva. O episódio conta a historia de Ana Koff, gaúcha que é a primeira mulher no Brasil a desenvolver cosméticos de beleza circular a partir de cascas e sementes de uva das centenas de vinícolas de Bento Gonçalves para produzir os cosméticos da marca Ziel.
No episódio deste fim de semana, que conta com 22 minutos, Juliana e Ana mostram uma colheita de uva nos parreirais, a fábrica de sucos e a reutilização dos resíduos (cascas e sementes) na produção dos sabonetes, óleos e xampus. Um programa que mostra beleza circular, sustentabilidade e empreendedorismo no Rio Grande do Sul.
— São mais de 10 anos fazendo jornalismo de imersão. Surfei ondas gigantes com Maya Gabeira, fiquei uma semana com os olhos vendados para sentir como era a vida de uma velocista cega, já fiz ioga com Fernanda Lima na Índia. Hoje, eu viajo pelo Brasil mergulhando na vida de mulheres do campo — conta a porto-alegrense que trabalha em parceria com o marido, o diretor catalão Salvador Llobet.
Juliana comandou, em 2016, outro quadro na Globo: o Mulheres Espetaculares, do Esporte Espetacular. Na atração, depois de vivenciar a rotina de atletas olímpicas e paralímpicas, a segunda temporada teve foco em celebridades em busca de transformação; foi aí que vivenciou experiências únicas ao lado de famosas como Paolla Oliveira, a também gaúcha Fernanda Lima (que é sua amiga de adolescência), Ísis Valverde e Claudia Leitte, entre outras. Questionada sobre o legado de sua atual produção na TV aberta, Ju não titubeia:
—Entrei na pele de mais de 120 agricultoras e fazendeiras, contei mais de 120 histórias inspiradoras. Aprendi a dirigir trator, colheitadeira, surfei na vala de arroz, meti a mão na terra com elas para plantar trigo, para colher milho, soja. Foram muitas aventuras, porém o maior aprendizado foi perceber que a mulher não precisa ser bruta para comandar uma fazenda. A maior qualidade da mulher do campo está na sua conexão genuína com a natureza, na sua sensibilidade na hora de colher uma lavanda, na hora de fazer um parto de algum animal, no cuidado com as questões ambientais. A mulher tem uma visão de mundo que vai além dos números de uma fazenda, por isso ela merece ter sua história contada.