O Departamento de Alfândegas da China (Gacc, na sigla em inglês) concedeu autorização para 47 empresas brasileiras exportarem amendoim, após conclusão de todas as etapas necessárias. A decisão foi informada às equipes técnicas do Ministério da Agricultura, durante reunião nesta semana.
Segundo comunicado do ministério, a abertura do mercado chinês para a exportação de amendoim está valendo desde a última quinta-feira (22). As empresas foram habilitadas pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária.
Maior consumidor de amendoim do mundo, a China importa anualmente cerca de US$ 800 milhões com o produto. Segundo o ministério, o Brasil tem todas as condições para alcançar uma boa participação nas exportações, ampliando a pauta de vendas para a China.
A abertura do mercado chinês para o amendoim brasileiro faz parte de um pacote de avanços alcançados nas negociações bilaterais neste ano, possivelmente o mais importante em mais de uma década, disse o governo. Além deste produto, há expectativa de finalização ainda este ano das negociações para exportações de gergelim e sorgo (uma espécie de cereal).
Já foram concluídas as negociações para exportações de farelo e proteína de soja, bem como de polpa cítrica, que podem ser exportadas dentro de poucas semanas. O ministério informou que trabalha ainda para a autorização, em breve, das vendas de uvas ao mercado chinês, assim como de farinhas de aves e de suínos.
Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), obtidos por meio do ComexStat, em 2021, o Brasil exportou o equivalente a US$ 330,5 milhões do produto (256,6 mil toneladas). As exportações brasileiras têm como principal destino países do bloco europeu.