Com uma lista de nomes em mãos, o Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa) faz toda a pressão possível para que venha do quadro técnico o substituto no comando da superintendência do Ministério da Agricultura no Estado.
A posição ficou aberta após a exoneração do superintendente Francisco Signor, que estava há 12 anos no cargo, e é alvo de investigação da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Controladoria-Geral da União.
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Interinamente, a função é ocupada por José Severo, que já respondia pelo órgão em situações de ausência do titular e é fiscal federal agropecuário do quadro de carreira.
Ainda na quarta-feira, quando Signor foi exonerado, a Anffa enviou documento à ministra da Agricultura, Kátia Abreu, reforçando pedido feito em fevereiro deste ano, para que um fiscal seja indicado. Na solicitação anterior, uma lista com seis nomes havia sido apresentada.
Um dos cotados é o fiscal Roberto Schroeder, embora a Anffa ainda não confirme a indicação. Fontes ouvidas por Zero Hora entendem que uma possível combinação entre uma figura ao mesmo tempo técnica e política não deve vingar.
A percepção é de que o PT, que chegou a sugerir nomes na troca dos ministérios para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, perdeu força para indicar um sucessor, e que a decisão deverá ficar mesmo na esfera dos fiscais.
- É importante que seja um fiscal federal, para evitar conflito de intereses (o concursado precisa ter dedicação exclusiva), porque trabalhamos com ações sigilosas - entende uma fiscal do Ministério.
Formalmente, o Ministério da Agricultura não respondeu à solicitação feita, afirma Marcelo Mazzini, diretor administrativo da delegacia sindical da Anffa no Estado.