Em meio à crise financeira vivida pelo Estado, uma notícia que vem da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) traz ainda mais preocupação. Grupo de 83 aposentados ex-autárquicos - funcionários que levaram seus direitos quando migraram à companhia - ainda não recebeu valores da complementação.
A expectativa é de que a conta possa ser regularizada nesta sexta-feira, data prevista para o repasse do Estado à Cesa. São R$ 2,54 milhões mensais, usados para pagamentos diversos, entre os quais os dos ex-autárquicos, que somam cerca de
R$ 700 mil por mês.
- Foram enviados ofícios às secretarias da Agricultura e da Fazenda. Fui pessoalmente conversar com o pessoal da Fazenda - garante Carlos Kercher, atual presidente da companhia.
O descompasso vem em efeito cascata desde o ano passado, quando o dinheiro do governo já era curto. Para conseguir pagar o 13º dos
ex-autárquicos, o repasse deveria ter sido acrescido, no final de novembro, de cerca de R$ 700 mil. Como isso não ocorreu, o então presidente, Marcio Pilger, usou antecipadamente o valor a ser liberado no final de dezembro.
Quando o governo fez o repasse para pagamento do mês, descontou a quantia, que desde então vem sendo coberta pela remessa do mês seguinte. O pedido é para que a compensação definitiva venha em fevereiro.
Com o cenário de cortes e suspensão de pagamentos, isso parece pouco provável.
Para os que cogitam a extinção da estatal, o presidente da Associação dos Aposentados Ex-Autárquicos da Cesa, Paulo Maydana, lembra que os aposentados continuarão tendo de receber.
