Contrárias à indicação feita para a presidência da Emater, entidades da área de engenharia e agronomia do Estado prometem não jogar a toalha tão cedo.
Nesta terça-feira, representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado (Crea-RS), do Sindicato dos Engenheiros (Senge-RS) e das sociedades de agronomia e de engenharia reuniram-se com o secretário do Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, Tarcísio Minetto, para tratar do tema. A Emater é vinculada à pasta.
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O grupo já havia encaminhado documento manifestando formalmente sua posição. O argumento é de que, por ser um órgão extremamente técnico, voltado à extensão rural, a Emater teria de ser ocupada por uma pessoa de formação na área das ciências agrárias. O escolhido, o ex-prefeito de Quinze de Novembro Clair Kuhn, é formado em Educação Física.
- Reforçamos a necessidade de rever a indicação. Nossa ideia é levar adiante - diz José Luiz de Azambuja, diretor vice-presidente do Senge.
Azambuja rechaça a tese de que o movimento das entidades tenha um caráter coorporativista.
Pouco depois do encontro na secretaria, foi protocolado na Casa Civil um pedido de audiência. O grupo tenta chegar ao coração do governo, porque sabe que a decisão passou pela aprovação de José Ivo Sartori. Mais do que isso, o nome de Kuhn veio do PMDB - a pasta do Desenvolvimento Rural é indicação do PSB.
- Temos convicção da capacidade do Clair - afirma o deputado estadual Edson Brum, presidente do partido no Estado.