Tão tradicional como as festas de final de ano é o período em que entidades fazem projeções sobre o que virá pela frente. Diante da difícil realidade de 2014, quando nem mesmo o bom desempenho do agronegócio conseguiu compensar os resultados negativos em outros segmentos, as previsões sobre o comportamento da economia em 2015 estão no centro das atenções. Com as perspectivas à vista, há quem gostaria de pular direto para 2016.
Nesta terça-feira, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) traçou seu panorama para o próximo ano. "Será desafiador para a economia brasileira, em especial em relação ao agronegócio", avalia a entidade no documento.
Ainda assim, a estimativa da CNA, presidida pela senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), principal aposta para a pasta da Agricultura no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, é de que o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária chegue a 2% no país, o dobro do estimado para a economia como um todo, 1%.
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Em 2014, a participação da atividade agrícola na geração de riquezas na esfera nacional deve fechar em 23,3% - leve alta ante 2013, quando foi de 22,5%.
Se no Brasil o agronegócio pesa, no Rio Grande do Sul, cálculos do crescimento econômico passam, obrigatoriamente, pelo setor.
O prognóstico da Federação da Agricultura do Estado (Farsul) será conhecido nesta quinta-feira.
No levantamento da Fiergs, apresentado ontem, a variação do PIB agropecuário de 2015 é estimada entre -1,3% e 1% para o Brasil. Para o Rio Grande do Sul, os cálculos apontam variação entre -0,6% e 0,6%.