Os prejuízos provocados no campo pela chuva intensa que caiu sobre o Rio Grande do Sul ainda estão sendo contabilizados. Levantamentos feitos por diferentes entidades apontam pontos convergentes de preocupação. A situação do trigo, que está em pleno período de plantio, a produção de leite e os estragos no solo, literalmente lavado pela água, estão entre as maiores apreensões.
Por ora, a boa notícia é de que o governo federal já autorizou a prorrogação do pagamento de dívidas dos produtores atingidos pelas cheia no Estado.
Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, as flexibilizações já estão valendo.
Nos municípios com até 29 agricultores atingidos, os laudos comprovando os prejuízos devem ser feitos individualmente. Nos municípios com 30 produtores ou mais prejudicados, os laudos poderão ser coletivos. A orientação é para que os documentos sejam entregues diretamente nos bancos.
Para os financiamentos de investimentos, o pagamento de parcelas previsto para 2014 não precisará ser feito.
- O produtor ganhará mais um ano para pagamento - acrescentou Rossetto em entrevista à coluna.
Nos casos de dívidas de custeio, haverá prorrogação para pagamento em até 36 meses.
Definições sobre a venda de milho para a ração animal também estão sendo acertadas e devem sair até o final da semana.
As concessões feitas são interpretadas como um primeiro movimento do governo.Presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva lembra que ainda existem outras passos a serem dados para que se diminua o impacto da chuvarada na produção gaúcha.
- Há propriedades que perderam toda a infraestrutura ou ficaram degradadas - pontua.
Necessidade de crédito para programas de correção de solo e para recuperar as benfeitorias estão na lista de reivindicações - entregues pela entidade em Brasília na última semana.