Há muito tempo que se sonha e se planeja aproveitar o Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, em tempo integral e não apenas durante a Expointer e a Fenasul. As mais diferentes ideias e propostas já foram apresentadas, mas tiveram dificuldade de sair do papel. Com a aprovação, nesta quarta-feira, do projeto de lei que estabelece um plano diretor para a área se dá um primeiro passo no caminho da tão divulgada revitalização.
Na prática, a nova lei permitirá que o governo negocie por períodos mais longos a concessão das áreas com entidades que já usam o parque. Assim, investimentos financeiros nesses espaços começam a fazer sentido. É o caso do Sindicato da Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas (Simers), que precisava renovar o contrato anualmente. A ideia é ampliar o período de uso para 20 anos.
- Precisamos agora formalizar o contrato. Para o setor, a aprovação é muito interessante. Teremos uma feira ainda mais profissional - entende o presidente do Simers, Claudio Bier.
De fato, a partir de agora, a Secretaria da Agricultura irá negociar caso a caso os contratos. A Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos também tem um projeto, o da arena do cavalo crioulo, de R$ 15 milhões.
Além das concessões, o novo texto cria uma subsecretaria e o Fundo do Parque de Exposições Assis Brasil. Uma emenda do deputado Heitor Schuch (PSB) acrescentou ao projeto a participação da prefeitura de Esteio no conselho gestor do parque e a possibilidade do local receber eventos que não sejam ligados ao agronegócio.
Com esse novo marco, o governo começará a elaborar ainda parcerias público-privadas para os projetos que incluem núcleo de educação, tecnologia, hotel e centro de eventos, entre outros, e somam R$ 280 milhões.
- Vamos colocar na rua o edital para a licitação da área nova ainda neste mês - diz o secretário Luiz Fernando Mainardi.
Mas para a Expointer de 2014, estabelece uma meta mais contida: cobertura na pista do cavalo crioulo e dique de proteção no Arroio Esteio.