Dos 311 mil animais registrados na Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), as credenciadoras e classificatórias do Freio de Ouro receberam 1.854 inscrições em 2013 e apenas 48 machos e 48 fêmeas chegam à final do Freio de Ouro. Agora, a expansão em outras competições equinas de mais apelo no centro do país é uma saída para ampliar a base de usuários do cavalo crioulo, vista como necessária para garantir retorno aos investimentos das cabanhas.
A entidade aposta na participação do crioulo em competições com outras raças, como rédeas e vaquejada, e no aumento de núcleos em Estados como São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. E novas provas específicas estão sendo preparadas pela ABCCC, como a Rédeas de Ouro, prevista para setembro. Em competições com outras raças, como quarto de milha e mangalarga, o cavalo crioulo conseguiu espaço, mas melhores resultados só devem vir com treinamentos específicos e adaptação do cavalo.
- Nosso objetivo é conquistar o mundo, mas primeiro o Brasil - afirma o criador e consultor de cabanhas Cezar Roberto Oliveira Krüger.
O especialista vê na expansão um caminho para garantir a rentabilidade do negócio. Em São Paulo, a paixão pelo cavalo crioulo fez há seis anos o criador Onécio Prado Junior trocar os exemplares quarto de milha pelos do concorrente famoso no Sul. Os animais, inicialmente destinados para o trabalho de campo na propriedade em Mundo Novo (GO), aos poucos serão usados em competições, especialmente nas provas de rédeas, sem deixar de lado o Freio de Ouro.
- Não existe problema em trabalhar com as duas modalidades. Faltava é investimento em mais provas aqui. Isso incentiva e agrega mais criadores - avalia Prado.
VÍDEO: Entenda como funcionam as classificatórias para o Freio de Ouro