As autoridades chinesas pediram a dezenas de milhões de pessoas que fiquem em casa nesta segunda-feira (25), devido à onda de calor que atinge o país, onde várias cidades estão em alerta vermelho.
Várias ondas de calor foram registradas no mundo todo em 2022, como em julho, na Europa Ocidental, e na Índia, em março-abril. Para os cientistas, a multiplicação desses fenômenos é consequência direta da mudança climática, e a China não é exceção.
Recentemente, a cidade de Xangai alcançou seu maior recorde de temperatura em 149 anos, com 40,9°C. No fim de semana, as províncias de Zhejiang e de Fujian (leste) também experimentaram temperaturas acima de 41°C, com recordes históricos em duas cidades dessas províncias.
Os habitantes das áreas em alerta vermelho - principalmente no sudeste e no noroeste do país - devem "abandonar todas as atividades externas" e "estar particularmente atentos à prevenção de incêndios", anunciou o serviço meteorológico nacional.
Para se refrescar, centenas de chineses correram, no domingo (24), para a praia de Xiamen, na província de Fujian.
A onda de calor pressiona o sistema elétrico chinês, pois tanto os moradores quanto as empresas aumentam o consumo de ar-condicionado. As maiores centrais elétricas do país bateram seus recordes de capacidade em meados de julho, segundo a publicação especializada em energia Sxcoal.
Em algumas províncias, as autoridades locais decidiram desligar a iluminação pública e aumentar a tarifa dos estabelecimentos comerciais nos horários de pico.
* AFP