O grupo das 20 maiores economias do globo (G20) comprometeu-se neste domingo (31) a apoiar a meta de limitar o aumento da temperatura global a 1,5ºC. O grupo acordou em encerrar financiamentos públicos a novas usinas a carvão, segundo o documento final do encontro.
Em comunicado, o G20 diz que está atendendo ao apelo da comunidade científica e que observa com preocupação os relatórios recentes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). "Cientes de nosso papel de liderança, nos comprometemos a enfrentar a ameaça crítica e urgente da mudança climática e a trabalhar coletivamente".
O grupo reafirma o compromisso com a implementação plena e efetiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) e do Acordo de Paris.
"Seguimos comprometidos com a meta do Acordo de Paris de manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2ºC e aumentar nossos esforços para limitá-lo à 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, também como meio de possibilitar o cumprimento da Agenda 2030", afirmaram as lideranças em comunicado.
Os líderes não definiram uma data precisa para a neutralidade de carbono. O acordo diz apenas "por volta da metade do século".
Os países do G20, que inclui Brasil, China, Índia, Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos, são responsáveis por 80% das emissões em todo o planeta de gases de efeito estufa.
Diferente das emissões nas grandes potências, no Brasil - que está isolado neste encontro da cúpula mesmo com a presença do presidente Jair Bolsonaro em Roma -, o grande vilão do clima não é a queima do carvão, mas o desmatamento e a pecuária.
Ajuda aos países em desenvolvimento
O grupo das 20 maiores economias do globo também reafirmou compromisso com o financiamento climático de fornecer US$ 100 bilhões por ano aos países em desenvolvimento.
"Lembramos e reafirmamos o compromisso assumido pelos países desenvolvidos com a meta de mobilizar conjuntamente US$ 100 bilhões por ano até 2020 e anualmente até 2025 para atender às necessidades dos países em desenvolvimento", disse o grupo em comunicado.