Os índices de chuva só devem voltar à normalidade após o inverno — foi o que disse o meteorologista gaúcho Marcelo Schneider, coordenador do 7º Distrito de Meteorologia do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) no Estado de São Paulo, em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta sexta-feira (18).
A estação mais fria do ano, que começa no próxima segunda-feira (21), é marcada como a época do ano onde menos se registra índices de precipitação. Atualmente, a estiagem, na maior parte do país, vem causando o esvaziamento dos reservatórios de água que concentram algumas das principais hidrelétricas, o que torna a produção energética mais difícil e cara.
Um alerta de emergência hídrica para o período de junho a setembro em cinco Estados brasileiros — Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná — foi emitido pelo Sistema Nacional de Meteorologia (SNM), órgão federal ligado à meteorologia, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e ao Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden).
— No momento atual, é preciso ter cautela. A gente está entrando em um momento crítico, a diminuição da chuva é normal. Temos que monitorar semana a semana — disse Schneider.
O meteorologista disse que o Rio Grande do Sul não deve ser impactado como outras regiões do país. Passada a chuva no final de junho, volta a chover no Estado ainda no mês de agosto.
Já na região Sudeste e Centro-Oeste — região que engloba a Bacia do Paraná —, a chuva deve voltar apenas a partir de outubro. Segundo Shneider, há 40 anos não havia uma condição tão seca na região.
No Nordeste, a situação é ainda mais crítica: a previsão de normalidade fica para novembro e dezembro.