Centenas de baleias-piloto que estavam encalhadas em uma baía da Tasmânia, sul da Austrália, morreram apesar das várias tentativas de salvamento. A informação foi divulgada pelas equipes de emergência nesta quarta-feira (23).
O número indica que a grande maioria dos 460 cetáceos encalhados na baía faleceu nas últimas horas. Dessas, ao menos 380 não teria conseguido sobreviver, declarou Nic Deka, diretor do Departamento de Parques e Vida Silvestre da Tasmânia.
— Quase 30 continuam vivos, e a boa notícia é que conseguimos salvar 50 — disse Deka.
Na segunda-feira (22), 270 baleias-piloto foram encontradas encalhadas. Desde então, equipes de resgate trabalharam para tentar libertar os mamíferos de um banco de areia que só pode ser acessado por barco. Outro grupo, de quase 200 baleias mortas, foi localizado nesta quarta-feira graças a um voo de reconhecimento.
Uma equipe de 60 conservacionistas, voluntários e trabalhadores de unidades de pisciculturas locais participam nas operações de resgate dos cetáceos ainda vivos, que estão parcialmente submersos.
Os socorristas, que passaram dois dias nas águas geladas e pouco profundas, conseguiram liberar 50 baleias, utilizando barcos equipados para guiar os cetáceos de volta ao oceano. A operação prossegue em uma luta contra o tempo para tentar salvar outros 30 animais.
Este é o pior incidente do tipo registrado na Tasmânia, um estado insular da costa sul australiana. As causas do fenômeno continuam desconhecidas.
As 200 baleias encontradas nesta quarta-feira estavam a uma distância de entre sete e dez quilômetros do primeiro grupo. A área de busca foi ampliada para descobrir se mais cetáceos estão encalhados na região.