O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, comentou nesta segunda-feira (26) a posição do governo federal diante do avanço das queimadas na Amazônia e afirmou que o presidente Jair Bolsonaro agiu "de maneira muito firme" no combate ao problema. Para o ministro, não se pode gerar "alarmismo" diante dos incêndios florestais no país.
— O índice (de queimadas) está maior porque, no ano passado, foram tempos chuvosos. Se a gente pegar a série histórica dos últimos 15 anos, vemos que está na média. Não se pode gerar um alarmismo que não seja a descrição dos fatos — disse, em entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha.
Salles também falou sobre as suspeitas levantadas pelo presidente de que ONGs estariam por trás das queimadas na região. Conforme o ministro, Bolsonaro "simplesmente verbalizou uma série de informações que tinha recebido":
— Ele agiu de maneira muito correta, equilibrada. Sem fazer juízo de valor.
O ministro citou ainda a investigação pedida pelo presidente à Polícia Federal, no domingo (25), sobre o "dia do fogo". Segundo reportagem da revista Globo Rural, "sindicalistas, produtores rurais, comerciantes e grileiros, combinaram através de um grupo de WhatsApp incendiar as margens da BR-163".
Segundo o texto, a intenção era "mostrar ao presidente Jair Bolsonaro que apoiam suas ideias de 'afrouxar' a fiscalização do Ibama e quem sabe conseguir o perdão das multas pelas infrações cometidas ao Meio Ambiente".
Já quando questionado se o governo demorou a agir no combate às queimadas, Salles defendeu as ações realizadas, mesmo que, segundo ele, não seja "um processo tão simples".
— Felizmente deu certo e a resposta está sendo muito bem adequada. Tanto que a (chanceler alemã) Angela Merkel reconheceu que o governo brasileiro está tomando medidas, ela própria reconheceu. Agora é trabalhar.