Caminhoneiros realizam, desde o fim da tarde de quarta-feira (8), mobilizações em estradas de diferentes regiões brasileiras.
Entre a noite de quarta e a manhã desta quinta-feira (9), as manifestações foram registradas em 15 Estados: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Tocantins, Rio de Janeiro, Rondônia, Maranhão, Roraima, São Paulo e Pará.
Às 11h desta quinta-feira, em novo balanço, o Ministério da Infraestrutura divulgou que as mobilizações aconteciam em 14 Estados, com interdições em cinco: Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.
Nos Estados de Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Rondônia, Pará e Roraima, ainda há abordagem a veículos de cargas, mas segundo Ministério, o trânsito está liberado.
"Ao todo, já foram debeladas 117 ocorrências com concentração de populares e tentativas de bloqueio total ou parcial de rodovias durante as últimas horas", afirmou o Ministério da Infraestrutura em nota divulgada no início do dia. "A disseminação de vídeos e fotos por meio de redes sociais não necessariamente reflete o estado atual da malha rodoviária", disse o texto.
As concentrações já preocupam distribuidoras de combustíveis, que temem desabastecimento de produtos como gasolina e óleo diesel. A situação mais crítica é nos Estados de Santa Catarina e Mato Grosso.
Diante da mobilização nas rodovias, o presidente Jair Bolsonaro gravou um áudio em que pede aos profissionais que liberem as estradas. Na mensagem, o chefe do Executivo trata os caminhoneiros como "aliados" e diz que a ação "atrapalha a economia".
"Fala para os caminhoneiros aí, que são nossos aliados, mas esses bloqueios atrapalham a nossa economia. Isso provoca desabastecimento, inflação e prejudica todo mundo, em especial, os mais pobres. Então, dá um toque no caras aí, se for possível, para liberar, tá ok? Para a gente seguir a normalidade", disse o presidente.