A família do jovem morto após ser atropelado três vezes em Pinhal Grande, na Região Central, aguarda pelo avanço da investigação para esclarecer o caso. Robson Santos da Silva, 22 anos, morreu na madrugada de domingo (16), na saída de uma festa. A motorista do veículo aparentava sinais de embriaguez, conforme testemunhas. As circunstâncias da morte são apuradas pela Polícia Civil.
Natural do município, Robson morava com os pais e a irmã — o outro irmão do jovem reside em Goiás. Ele estava desempregado e aproveitava o tempo livre para ver amigos e praticar esportes, como futebol e bocha.
— Se tu perguntar para qualquer pessoa, vão falar bem dele, vão te dizer que ele era tranquilo, que era bom. Não tem explicação, eu não me conformo — afirma a irmã da vítima, Angélica Santos da Silva, 20 anos.
No domingo (16), Robson estava com dois amigos em uma festa. Por volta das 5h30min, na saída do evento, ele foi atropelado. O jovem foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. A mulher identificada pela polícia como motorista do veículo fugiu do local sem prestar socorro.
Angélica afirma que ela e o irmão sabem quem era a suspeita, mas que não tinham relação próxima. A condutora deve ser intimada para depor nos próximos dias, segundo a polícia.
— Não sei por que ela fez isso, a gente não consegue entender, estamos inconformados. É muito difícil aceitar algo assim. É a pior coisa, porque jamais imaginávamos isso. Ele era novo, tinha tudo pela frente. Estamos todos em choque — afirma. — Para mim, não pode ser acidente, foi um homicídio.
Prisão preventiva não foi pedida
De acordo com o delegado Adriano de Rossi, responsável pela investigação, é preciso esclarecer as circunstâncias do atropelamento e se a mulher e a vítima tiveram algum desentendimento. Nesta segunda (17), testemunhas foram ouvidas. Elas relataram que a mulher atropelou o jovem uma primeira vez e, depois, deu ré, passando por cima da vítima novamente. Depois, ela avançou com o carro sobre Robson mais uma vez.
Rossi afirma que a prisão preventiva da suspeita ainda não foi pedida porque a polícia pretende reunir mais elementos. O carro da mulher foi entregue por uma pessoa às autoridades e deve passar por perícia.
— Ainda vamos ouvir mais testemunhas, duas pessoas que estavam no carro com ela e dois primos da vítima, que estavam com ele na rua quando isso ocorreu. Eles estavam indo embora, ela parou ao lado deles e a vítima foi até a janela conversar. Após isso, ele parou na frente do carro, quando houve o atropelamento. Depois, então, ela deu ré e passou outras duas vezes por cima da vítima. Então, está claro que houve a intenção de matar, que ela usou o carro como uma arma para cometer o crime — relata o delegado.
Robson foi sepultado nesta segunda-feira pela manhã no Cemitério Municipal de Pinhal Grande.