De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o acidente que resultou na morte de quatro pessoas na noite do último domingo (18), na BR-116, em Cristal, no Sul do Estado, foi causado por uma ultrapassagem malsucedida. As equipes que atenderam a ocorrência apuraram que o motorista do Gol, com placas de Belo Horizonte, tentou ultrapassar um caminhão, mas deslocou o carro para o acostamento ao se deparar com o Gol da Prefeitura de Cristal. No entanto, o condutor do veículo da prefeitura fez o mesmo movimento e os dois bateram de frente no acostamento.
O acidente aconteceu em uma reta onde a ultrapassagem é permitida. A velocidade máxima no trecho é de 80km/h. A perícia deverá identificar, entre outras coisas, se algum dos veículos estava trafegando acima do limite tolerado.
Todos os ocupantes do carro da prefeitura morreram. Eles foram identificados como Elizete Oliveira Rodrigues, 43 anos, Valdomiro Meireles dos Santos, 45 anos e Fernando Geraldo Carvalho Braga, 50 anos, que era o motorista. Uma bebê de um dia de vida, identificada como Emily e que era filha de Elizete e Valdomiro, também morreu. A criança nasceu no sábado em um hospital de São Lourenço do Sul e o casal voltaram para Cristal, no carro do município.
De acordo com a PRF, a menina estava sem o equipamento de segurança obrigatório, o chamado bebê-conforto, utilizado nos veículos para o transporte desde a saída da maternidade até a criança completar um ano ou ter 13 quilos.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Cristal, questionando por qual motivo o veículo estava sem o equipamento, e aguarda retorno.
O motorista do outro veículo Gol está internado em estado grave no Hospital de Pronto Socorro, em Porto Alegre. Ele não teve o nome divulgado. O caso é apurado pela Polícia Civil de Cristal.